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Qual a relação entre qualidade do sono e a síndrome de Burnout?

Atualizado: 15 de set. de 2022

O sono é uma condição fundamental para o processamento de novas informações e consequentemente consolidação da memória. Assim, é crucial para o aprendizado, para a tomada de decisões e desempenho acadêmico ou laboral.

Além disso, é durante o sono que ocorre a regulação hormonal responsável pela sensação de bem-estar. Dessa forma, a restrição ou a má qualidade do sono estão relacionadas a uma série de efeitos negativos para a saúde.


Pessoas que dormem menos de 6 horas por dia, experimentam mais sintomas de esquecimento, de desorientação, de estresse, de ansiedade e também de depressão.

Nesse sentido, pessoas com má qualidade do sono são menos propensas a usar estratégias de enfrentamento adaptativas e possuem maior dificuldade de desviar a atenção dos estímulos negativos, assim como ter uma percepção aumentada da sobrecarga de atividades e, consequentemente, um aumento da exaustão emocional.

Diante desses fatos, observa-se chances aumentadas de despersonalização entre pessoas com transtornos do sono e disfunção diurna, característica bastante comum na síndrome de Burnout.


Por outro lado, pessoas extremamente preocupadas e dedicadas apenas ao trabalho, passam a considerar o descanso, momentos de lazer e as horas de sono como coisas sem importância, apresentando uma negação das próprias necessidades, o que as torna mais estressadas, ansiosas e deprimidas e, portanto, começam a apresentam mais dificuldade para terem uma noite de sono reparadora.

Com isso, é possível observar um ciclo vicioso, um looping sem fim entre a síndrome de burnout e a má qualidade de sono, sendo, portanto, de extrema importância, o tratamento multidisciplinar, visando a adoção de medidas de qualidade de vida e melhora gerenciamento do trabalho para a adequação do sono, o que levará a um melhor desempenho laboral e consequente, menores chances de desenvolvimento da síndrome de Burnout. Não menospreze uma boa noite se sono, o bom funcionamento do seu ciclo circadiano é responsável pelo seu desempenho diurno!




Por Dra Thaís Cano - médica neurologista, especialista em medicina do sono. CRM/SP:175.352.

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