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Dor de cabeça, cefaléia ou enxaqueca: existe diferença?


Cefaléia é o termo técnico para dor de cabeça (ou seja, são sinônimos). Caracteriza-se por um desconforto ou dor localizada na região cefálica, podendo ocorrer junto com outros sintomas. As cefaléias são na grande maioria das vezes, consideradas primárias, ou seja, a dor é o problema em si e não há nenhuma doença ou condição mórbida que seja a causa da dor. Em apenas 5 -10% dos casos, as dores de cabeça são secundárias a alguma outra doença (por exemplo sinusite, meningite, tumor cerebral, hemorragias, trombose venosa cerebral)

Já a enxaqueca, que também é chamada de migrânea, é um dos tipos de cefaléia primária mais frequentes. Mas não é o único, pois existem mais de 150 tipos, de acordo com a Internacional Headache Society (IHS). Além da enxaqueca, podemos citar a cefaléia tensional, a cefaléia em salvas e a neuralgia do trigêmeo como importantes patologias do grupo das cefaléias primárias.

Estudos epidemiológicos estimam que 95% dos homens e 99% das mulheres terão pelo menos um episódio de cefaleia ao longo da vida e 40% da população mundial tem cefaleia com certa regularidade. Essa alta prevalência tem impacto direto na vida pessoal e profissional das pessoas, que perdem dias de trabalho, momentos de lazer e de convívio social. Cerca de 3% da população geral tem cefaléia crônica, ou seja, cefaléia em ≥15 dias por mês (indivíduos com maior impacto na sua capacidade funcional)

A cefaléia acomete também crianças e adolescentes, com prevalência de 7%, principalmente nos que possuem história familiar de enxaqueca.


O predomínio da cefaleia no sexo feminino inicia-se na puberdade, com mulheres tendo um risco 1,5 maior para desenvolver cefaleia e 1,9 vezes maior para desenvolver migrânea quando comparadas com crianças e adolescentes do sexo masculino.


O diagnóstico dos diferentes tipos de cefaleia é feito através da história clínica, do exame físico e neurológico com o objetivo de determinar as causas e as características da dor. Alguns exames de sangue e de imagem, como ressonância magnética, tomografia de crânio e eletroencefalograma podem ser necessários para estabelecer o diagnóstico diferencial.


Os principais tipos de dor e suas respectivas características são:


Cefaléia tensional – A cefaléia tensional costuma ser a mais prevalente das cefaleias primárias. Resulta da tensão prolongada da musculatura cervical e da musculatura ao redor do crânio. Em geral, é uma dor em peso ou aperto, bilateral, de intensidade leve ou moderada, que se manifesta na testa, na nuca ou na parte de cima da cabeça. A duração da crise varia bastante. Em geral não impede que a pessoa exerça suas atividades rotineiras. As causas podem ser estresse, ansiedade e depressão.


Enxaqueca – Condição crônica, com crises de dor de cabeça unilateral e latejante, de intensidade média ou forte, geralmente acompanhada de náuseas, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia), aos sons (fonofobia), ao cheiro (osmofobia) e irritabilidade. Em alguns casos, a dor pode ser precedida por uma aura premonitória (embaçamento da visão ou aparecimento de pontos luminosos, manchas ou linhas em zigue-zague) A crise dura de 4 horas a três dias, e pode ser desencadeada por alterações hormonais, abuso de cafeína ou alguns tipos de alimentos, como queijos, chocolate, frutas cítricas, adoçante, alimentos gelados ou gordurosos.


Cefaleia em salvas – acomete mais homens, é um tipo de cefaléia menos frequente e tem como sintoma uma dor muito intensa, que aparece geralmente a noite, de um lado só ou em torno dos olhos. Pode durar poucos minutos até três horas, e a crise pode se repetir até três vezes no mesmo dia. Algumas pessoas podem ficar com os olhos avermelhados e lacrimejando, congestão nasal e a pálpebra caída do lado que tem a dor. A crise dura de um a três meses, seguido de um período livre da dor de meses a anos.

Procure um neurologista para saber qual o tipo de sua cefaléia e qual o tratamento mais adequado, ao invés de se automedicar. Atualmente existem inúmeras opções terapêuticas para profilaxia das crises e alívio dos sintomas. Identificar o tipo de dor de cabeça que você tem pode fazer com que você tenha o tipo correto de tratamento e uma melhor qualidade de vida.


ATENÇÃO Pessoas que apresentam dor de cabeça muito forte (como nunca sentiram antes) de início súbito, ou que persiste por dias, que não melhoram com analgésicos comuns devem procurar um serviço médico de urgência. Outros sinais de alerta são: confusão mental, sonolência, febre alta, desmaios, convulsões ou rigidez da nuca associados a cefaléia.


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